domingo, 8 de novembro de 2009

SOS Mata Atlântica(comunidade)

Embora o aquecimento global continue a ganhar sensibilização generalizada da opinião pública, uma ameaça ambiental potencialmente mais devastadora só começou recentemente a ser percebida. Essa ameaça é a extinção em massa, e os cientistas estão levando essa hipótese muito a sério.

Há uma crença generalizada entre a comunidade científica de que as atuais espécies de vida estão se tornando extintas em uma taxa mais de 1000 vezes maior do que o que é considerado normal. “Estamos no abismo do fim do mundo”, disse Chera Van Burg do grupo de cientistas Species Alliance.

Um asteróide causou a última extinção em massa no planeta, quando os dinossauros foram mortos há 65 milhões de anos. Mas alguns cientistas acreditam que, se um meteoro com mesma proporção colidisse contra a Terra hoje, o efeito sobre a vida seria pouco diferente do que o que pode já estar em curso. “De acordo com um consenso de biólogos do mundo, uma extinção em massa está acontecendo ou prestes a acontecer no planeta Terra”, disse David Ulansey da organização Massextinction. Os golfinhos do rio Yangtze representam apenas o exemplo mais recente de espécies que desapareceram no último mês.

Enquanto as pessoas que disseminam essas crenças apocalípticas estão no extremo da opinião científica, alguns biólogos acreditam que um cenário de extinção em massa poderia eliminar 50% das espécies existentes. Os seres humanos, e espécies associadas a eles, não estão ameaçados de extinção,mas se essa teoria de extinção em massa ocorresse, quebraria o ciclo da vida e levaria a um enorme declínio da vida humana.

Alguns cientistas dizem que a culpa é dos próprios seres humanos. “Se a nossa influência na Terra continuar a expandir, nós provavelmente perderemos metade ou mais das espécies de vida atuais”, explica Peter Vitousek, ecologista da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos. “Se nós continuarmos nesse ritmo atual, virtualmente todas as espécies de peixes nos oceanos estarão extintas em 50 anos”.
E isso é algo que os pescadores profissionais dizem preocupá-los diariamente. “Somente agora as pessoas estão começando a perceber que todos esses gases que nós temos colocado na atmosfera têm causado um impacto que pode ameaçar a vida nesse planeta”, disse Zeke Grader, presidente de uma associação de pescadores dos Estados Unidos.

Biólogos dizem que a mudança climática representa somente um dos fatores que colaboram com o risco de extinção em massa. Segundo eles, o problema é muito maior. “Não é como o aquecimento global”, disse David Ulansey. “O problema não pode ser definido como CO2. Você não pode colocá-lo em uma caixa. O problema é o modo como nós vivemos. São todos os aspectos do nosso estilo de vida”.

E, de fato, todos os aspectos das nossas vidas têm conseqüências. Por exemplo, existem bilhões de telefones celulares em utilização. Cada um deles faz uso de um metal chamado coltan. Um dos raros lugares da Terra em que esse minério é encontrado, e de onde quase todo o coltan usado para telefones celulares é retirado, é a República do Congo – exatamente no meio do habitat natural dos gorilas das montanhas. Uma agência das Nações Unidas informou que a população de gorilas nessa região diminuiu em 90% nos últimos cinco anos apenas, em grande parte devido à operação de mineradores para a retirada do coltan. Pouca gente sabe que, no caso da ameaça de extinção dos gorilas africanos, a maioria das pessoas tem a sua parcela de responsabilidade.

E esse é somente um dos casos de influência inconseqüente humana. Especialistas estimam que mais de 15 mil espécies estejam ameaçadas hoje. E essas são somente aquelas que pesquisadores conseguiram colher dados sobre.
Biólogos acreditam que as seis maiores causas que levariam à extinção em massa são: destruição de habitat naturais, espécies invasivas, poluição, superpopulação humana, consumismo humano e mudança climática. A boa notícia é que ainda pode ser possível reverter esse quadro. A má é que o tempo é curto, quem sabe apenas uns 10 anos para fazer mudanças significativas no modo em que vivemos.
A sua conexão com Charles Manson e ATWA no Brasil
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